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2 de jun. de 2008

Escolhendo o melhor esporte para seu filho praticar

Qual o esporte mais indicado para meu filho? Essa pergunta está na cabeça de muitos pais que por falta de orientação podem acabar fazendo uma escolha prejudicial à criança. Em um primeiro momento é natural que a opção seja aquela que a escola, o clube ou a academia mais próxima oferece e eu diria que isso não está errado. Optar por uma atividade que seja fora de mão leva à desistência com mais facilidade. Então como escolher?


Esporte para crianças?
Em primeiro lugar é preciso conceituar, crianças até os 10 ~ 12 anos precisam de Educação Física, depois o Esporte Educacional pode ser introduzido. Para facilitar a compreensão sem entrar nesse assunto, que acreditem, é polêmico, darei dois exemplos. Entendam Educação Física como aulas que ainda que rotuladas com o nome de alguma modalidade, oferecem uma grande variedade de atividades, incluindo aquelas que não tem relação com a modalidade em si (ex.: jogo de queimada na aula de judô) e o Esporte Educacional são aulas de determinada modalidade que se utiliza de regras adaptadas à faixa de idade e atividades que direta ou indiretamente podem auxiliar naquela aprendizagem específica (ex.: basquete de 3 jogadores utilizando o mesmo lado da quadra). Em ambos os casos a ludicidade deve ser priorizada.

Uma boa idéia é conversar com o professor que irá ministrar a atividade. Certifique-se que ele é graduado em educação física, isso é fundamental, muito mais importante do que ser um especialista na modalidade que será ensinada. Ser especialista na modalidade passa a ser mais importante a medida que saímos do esporte educacional para o esporte propriamente dito, quando passamos a falar em treinamento.

Peça para assistir uma aula, nada como o bom senso dos pais para avaliar, pois não esqueça que por mais ético que seja o professor, vai tentar lhe vender a idéia de que o que ele ensina é realmente muito bom para seu filho.


Exemplo do que não deve ser feito
Esportes de contato, que estimulam a violência e que têm como essência a competição devem ser excluídos das opções para crianças pequenas. No domingo, dia 1º, durante o Fantástico foi veiculada uma matéria sobre a prática do Muay Thai (boxe tailandês), pelas crianças. Na reportagem é possível ver crianças de apenas 5 anos praticando e participando de competições. Apesar do professor afirmar que não há risco, que as crianças utilizam equipamentos de segurança, o Dr. João Alves Grangeiro Neto, médico ortopedista do Comitê Olímpico Brasileiro, declara que crianças não estão preparadas do ponto de vista físico e neuro-motor e ainda correm o risco de uma alteração no funcionamento do cérebro em função do soco, pois o capacete é eficaz apenas em adultos. Além disso crianças muito pequenas são expostas à um ambiente extremamente competitivo, o que não é nada saudável do ponto de vista emocional.
Um outro exemplo é o balé feito por meninas gordinhas. Longe do preconceito é preciso pensar muito antes de tomar essa decisão, pelo tipo de exposição que a menina pode ser submetida. O fato de ser gordinha pode dificultar alguns movimentos causando situações constrangedoras, que poderão acabar com a auto-estima da menina. Se houver muita insistência deixe-a fazer, mas fique de olho, ao menor sinal de desânimo e baixa auto-estima, convide-a para participar de outra modalidade mais "legal".

Como escolher?

  • Até os 6 anos a prioridade deve ser o desenvolvimento das habilidades motoras fundamentais. As atividades devem conter brincadeiras que exijam locomoção em diversas velocidades e direções, equilíbrio e manipulação de objetos. Atividades cooperativas são mais indicadas do que as competitivas, os jogos devem ter regras simples. A criatividade do professor é fundamental, pois a modalidade escolhida será apenas mais um elemento a ser utilizado na aula.
  • Entre 6 e 12 anos as regras passam a ter grande importância, portanto a introdução de jogos com regras mais complexas é interessante. Permitir às crianças participarem da construção das regras, enfatizar jogos onde haja a cooperação x competição. A modalidade começa a ter mais importância na aula.
  • A partir dos 12 anos o Esporte Educacional pode ser introduzido, as regras da modalidade serão adapatadas de acordo com a idade dos praticantes e seu nível de habilidade até chegar á regra de fato. Atividades devem ser desafiadoras e a competição pode ser estimulada.

2 comentários:

  1. Não há preconceito das gordinhas fazerem balé? Então porque não podemos aceitá-las como são? temos que educar as crianças a aceitar os gordinhos e gordinhas, e não aceitar o constrangimento dos magros como "algo normal".
    infame este comentário de vocês...

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  2. Respondendo ao anônimo...Se você tem tanta certeza do que diz, porque não se identifica?
    Pela maneira que coloca as coisas não entendeu nada mesmo, né?! Mas não há problema, dediquei um post especialmente à sua questão, leia aqui: http://criandocriancas.blogspot.com/2009/05/gordinhas-podem-fazer-bale.html
    Da próxima vez, não seja covarde e tenha um pouco mais de educação e identifique-se.

    Denise Carceroni

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