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7 de fev. de 2013

Como as novas estruturas familiares afetam a criança

Já não se fazem mais famílias como antigamente! É fato que as famílias mudaram, o que não significa que isso seja ruim, mas me pergunto: como as novas estruturas familiares afetam as crianças?

Se você começou a ler esse texto achando que vou dar uma resposta, esqueça! Não tenho uma resposta para essa questão e acredito que ninguém tenha, ainda. O objetivo desse texto é através da discussão, gerar uma reflexão sobre o assunto.




















Comecei a me perguntar sobre como as novas estruturas familiares afetam as crianças, após assistir à polêmica entrevista de Silas Malafaia à Marília Gabriela. Em um determinado momento, o tema era homossexualidade e Malafaia disse ser contra que uma casal homossexual adote uma criança, que a estrutura familiar tem que ser composta de um homem e uma mulher. Longe de concordar com a opinião desse senhor, que beirou o absurdo em muitos momentos, o raciocínio não está de todo errado.

Antes que você comece a gritar e espernear, leia!!!! Neste caso vejo o homem e na mulher, não como uma representação de gênero, mas como a figura paterna e a figura materna. Independente de quem fará esse papel. Divaguei, fui do yin yang até o policial bom e policial mal, viajei mesmo e depois fui buscar uma referência.

O mago Google me ajudou a chegar em uma entrevista, feita com a psicóloga e professora da USP Belinda Mandelbaum, pelo site Educar para Crescer, na qual ela fala sobre a mudança no papel do pai nas últimas gerações, que esse papel não está atrelado necessariamente ao homem e divide de maneira bem genérica a função materna e a paterna. Segundo a psicóloga:

Função materna: "...é a do acolhimento, do cuidado, da contenção das angústias do filho. Quem exerce a função materna pode atender às necessidades da criança e promover uma situação de conforto e bem estar."

Função paterna: "... envolve tanto a função de acolhimento quanto a imposição de limites e regras claras. A criança precisa saber conter seus impulsos, voracidade, desejos e ansiedade, para a sua própria segurança."

Então, como as novas estruturas familiares afetam a criança?

Continuo sem saber responder à essa questão, quem sabe daqui alguns anos consigamos perceber pelo tipo de adultos que teremos. De qualquer forma cheguei a algumas conclusões.

Não importa como será a estrutura familiar o importante é que tenha alguém com função materna e alguém com função paterna, independente se são do mesmo sexo, se são avós, tios, enfim, como eu suspeitava tem que tem o policial bom e o mal, para haver equilíbrio.

Ao contrário  do que muitos podem pensar (sim as pessoas pensam sobre isso, mas não falam!) crianças criadas por casais homossexuais, desde que exista a divisão de funções, provavelmente se tornarão adultos com menos problemas do que aquelas criadas por pais separados, principalmente quando um deles é ausente (ou é tão presente quanto uma samambaia). 

Ah! Então crianças criadas por pais homossexuais onde não exista a divisão de funções, ou seja ambos assumem função paterna ou materna, terão problemas quando adultos? Acredito que sim, na mesma proporção daqueles que são criados por pais separados (a criança do pai samambaia!). Isso porque, seguindo o raciocínio da psicóloga, um dos papéis fará falta na formação dessa criança.

Hoje, percebo um pouco disso nos meus filhos, que já são adultos (me separei quando tinham 7 e 13 anos e de brinde veio a samambaia!!!), de acordo com o que a psicóloga fala me identifico muito na função de pai e quase nada na de mãe.

Vamos complicar um pouco mais... porque até agora estou falando de duas pessoas influenciado a criação da criança. E em uma estrutura familiar onde se tem mãe e padrastro e pai e madrasta (que seria o mesmo de pai e padrastro etc)? Aqui eu acredito que o bicho pega, principalmente se existe conflito entre esses casais. Se os casais convivem pacificamente (ou civilizadamente!), sem dúvida será melhor para a criança, mas ainda assim acredito que as funções devam ser claras e bem divididas.

Existem inúmeras outras configurações de estruturas familiares possíveis e com certeza as crianças serão afetadas de formas diferentes. Talvez, mais do que um desafio para as famílias seja um desafio para as escolas que passaram a acolher crianças oriundas de diferentes estruturas familiares, havendo uma necessidade imediata na mudança de valores. O desafio de construir um novo manual de moral e bons costumes, já que o antigo não serve mais, nem para as família de antigamente...

E você o que acha? Como as novas estruturas familiares afetam a criança?

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