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24 de abr. de 2013

Escola municipal de Guaratinguetá - SP cria projeto para combater o cyberbullying


Mais cruel que o bullying, que ocorre há tempos no ambiente escolar, o chamado cyberbullying está se multiplicando na web, através de comentários maldosos enviados por alunos contra seus colegas por e-mail ou em redes sociais.  Provocações, xingamentos e humilhações estão permanentemente atormentando as vítimas. O constrangimento, que antigamente ficava restrito aos momentos de convívio dentro da escola, agora ocorre o tempo todo, de forma generalizada.



Para combater esta prática criminosa, a Secretaria Municipal de Educação e Cultura de Guaratinguetá, no Vale do Paraíba (SP) por meio da equipe gestora da EMEIEF Professor André Freire, está apoiando o projeto Ciberbullying, desenvolvido em parceria com a empresa Planeta Educação, envolvendo 73 alunos do 8° Ano E - F e do 9° ano G - H.

Antes da execução do projeto, foi realizada uma pesquisa para conhecer melhor os hábitos dos alunos do 6º ao 9º ano da escola. A pesquisa apurou que 44% dos alunos utilizam a internet em celular. Tratando-se de uma escola rural, é um número muito alto.
Outro fator que pesou para a criação do projeto foi que 70% dos alunos disseram que possuem cadastro em redes sociais.

Também foi observado que a grande maioria dos estudantes tem o hábito de postar fatos engraçados sobre terceiros. Muitos, inclusive, já se arrependeram de alguma postagem realizada. Com isso, surgiu a preocupação sobre os perigos da internet, de como os alunos estão usando essa ferramenta de comunicação de forma irresponsável e violenta.

"O objetivo do projeto é a conscientização sobre o uso correto das tecnologias, de forma ética e segura. Todos precisam entender que ninguém é dono da internet e que a conversa de que o 'facebook é meu e eu posto o que eu quiser' não existe, é preciso ter um limite e respeito. Os alunos assumiram que já escreveram algo engraçado sobre alguém, mas assumiram também que já leram algo de que não gostaram. Com isso, vem a pergunta: o que é uma brincadeira inocente e engraçada e o que é cyberbullying, um crime?

O projeto está mostrando aos alunos que também existe uma lei que pune os casos de bullying virtual, sendo este considerado crime", lembra Eduardo Farias, mediador de Informática Educacional na Planeta Educação em Guaratinguetá.

Com o intuito de fazer os alunos entenderem melhor o assunto e provocar o debate em rodas de conversas, o projeto está ocorrendo em duas frentes: uma na sala de aula, juntamente com a professora de português, que está trabalhando o gênero textual "Artigo de Opinião", cujos textos abordam casos de cyberbullying; e também no laboratório de informática, com o auxílio dos mediadores da Planeta Educação, onde os alunos têm oportunidade de pesquisar textos e notícias sobre o tema, formatando inclusive tabelas e gráficos. Também está prevista a exibição do filme "Cyberbullying". Outros professores, de outras disciplinas, também entraram no projeto.

"O envolvimento acontece de forma generalizada, seja por parte da equipe gestora da escola, seja pelos pais, alunos e professores. A escola já possui, inclusive, um grupo no Facebook, no qual os professores postam comentários, vídeos, dicas, tudo para mostrar aos alunos que uma rede social não serve apenas para ver a vida dos outros e fazer comentários, mas que é uma ferramenta que também pode ser utilizada para fins educativos e trabalhos escolares", conclui Ana Claúdia Barbosa Záccaro, coordenadora do Programa Informática Educacional da Planeta Educação em Guaratinguetá.

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