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24 de jun. de 2013

Política para crianças e adolescentes - parte 2

Em 2010 às vésperas das eleições publiquei aqui um texto que falava da importância de se ensinar política para crianças e adolescentes. Com os acontecimentos, protestos e manifestações que estão ocorrendo nas últimas semanas, voltar ao assunto se fez mais do que necessário.

O que temos visto são discussões sobre assuntos totalmente pertinentes, mas em um embaralhado de ideias, muitas vezes contraditórias fruto da ignorância de um povo que não sabe usar a sua maior arma: o voto.

Com o fim da ditadura, sepultaram as aulas de Educação Moral e Cívica e de OSPB, sob o pretexto de que não serviam mais aos propósitos da Educação de um país que vivia a plena democracia. E não colocaram nada no lugar. Deram ao povo, o que ele queria, onde o ponto principal era o direito ao voto direto, mas não ensinaram como fazê-lo. Assim continuamos sendo manipulados, ora pela direita, ora pela esquerda até chegarmos onde estamos agora e com a sensação e para muitos a certeza de que política é uma coisa chata, desinteressante.
Ensinar política na escola não é interessante aos olhos do governo, pois permitiria que o povo acrescentasse uma variável que falta na equação de eleições diretas: o controle. Da forma como é feita, elegemos e dali quatro anos fazemos de novo, e de novo, sem controlar, sem pedir a prestação de contas. É essa a parte que falta. E falta porque aprendendo a cobrar fica muito mais difícil manipular.
Uma educação política na escola é necessária não apenas para valorizar uma conquista, como muitos gostam de falar, mas para fazer com que o processo como um todo seja compreendido.

Por ocasião do primeiro texto  publiquei também um vídeo do Felipe Neto que fala exatamente sobre os pontos acima. E vale a pena ser assistido novamente.


Política para crianças e adolescentes na escola

Se não temos uma disciplina que se proponha a ensinar tal conteúdo ele poderia aparecer como um projeto multidisciplinar para eleição de representantes de classe, por exemplo, que passasse por todo o processo. Da formação das chapas, construção das propostas, campanha, eleição, contagem dos votos e prestação de contas.

Se você trabalha em uma escola que já faz esse tipo de trabalho divida conosco a sua experiência.

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