O que temos visto são discussões sobre assuntos totalmente pertinentes, mas em um embaralhado de ideias, muitas vezes contraditórias fruto da ignorância de um povo que não sabe usar a sua maior arma: o voto.
Com o fim da ditadura, sepultaram as aulas de Educação Moral e Cívica e de OSPB, sob o pretexto de que não serviam mais aos propósitos da Educação de um país que vivia a plena democracia. E não colocaram nada no lugar. Deram ao povo, o que ele queria, onde o ponto principal era o direito ao voto direto, mas não ensinaram como fazê-lo. Assim continuamos sendo manipulados, ora pela direita, ora pela esquerda até chegarmos onde estamos agora e com a sensação e para muitos a certeza de que política é uma coisa chata, desinteressante.
Ensinar política na escola não é interessante aos olhos do governo, pois permitiria que o povo acrescentasse uma variável que falta na equação de eleições diretas: o controle. Da forma como é feita, elegemos e dali quatro anos fazemos de novo, e de novo, sem controlar, sem pedir a prestação de contas. É essa a parte que falta. E falta porque aprendendo a cobrar fica muito mais difícil manipular.Uma educação política na escola é necessária não apenas para valorizar uma conquista, como muitos gostam de falar, mas para fazer com que o processo como um todo seja compreendido.
Por ocasião do primeiro texto publiquei também um vídeo do Felipe Neto que fala exatamente sobre os pontos acima. E vale a pena ser assistido novamente.
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