A dificuldade é grande
Para os pais, a mudança pode significar que falharam na primeira escolha. Para que interpretações como esta não atrapalhem, o primeiro passo é dialogar com os filhos; procurar entender quais são as reais causas da necessidade de ingressar em uma nova instituição no meio do ciclo anual. Nota insuficiente, na maioria das vezes, é o que guia essa decisão; além disso, a questão social, econômica e cultural também tem grande relevância.“O custo da escola envolve, além da mensalidade, os materiais, uniforme e atividades extraclasse”, expõe a psicóloga Maria Rocha, diretora pedagoga do Colégio Ápice. “Os pais terão condições financeiras de arcar com tudo isso?”
A proposta pedagógica é outro aspecto ao qual muitos se apegam fortemente
A psicopedagoga e diretora do Colégio Global, Eliana de Barros, destaca alguns fatores essenciais que devem estar inclusos na avaliação. Como a doutrina e os valores escolares e a postura e métodos frente à inclusão social e àqueles que carecem de um atendimento mais aprofundado – alunos indisciplinados, por exemplo.“Todas estas questões são indícios de que a escola não está somente preocupada em conteúdos, mas além deles, mostra um envolvimento com a formação do aluno como cidadão”, explica Eliana.
A infraestrutura do colégio também deve ser levada em conta
Conhecer o ambiente em que o filho está inserido, interna e externamente - o movimento das ruas e do bairro, por exemplo - é fundamental. A segurança é bastante questionada atualmente e tem se tornado um dos motivos para o desejo da transferência. Na cansativa corrida rotineira dos pais, o fácil acesso a instituição, assim como o transporte público, podem ser decisivos na escolha.A opinião dos filhos também deve ser levada em consideração
Para Eliana de Barros, “os pais devem considerar os argumentos palpáveis do filho e não os anseios supérfluos. Ex: ‘quero estudar lá, porque meu amigo diz que é legal e tem umas gatinhas da hora’ ou ‘porque lá tem um time de futsal que joga muito’”. Maria Rocha é mais taxativa, sobretudo com os pequenos. "Neste caso, quem tem capacidade e discernimento para escolher a escola são os pais", diz ela.O diálogo é muito importante, principalmente quando referente à adaptação dos filhos ao novo ambiente.
A transferência se detém aos estudantes e não a tudo que construíram na antiga escola. Surge um novo ambiente, com novas pessoas, novos professores e novos métodos e regras. A diferença existe; e cabe a família e a nova escola ajudarem na integração.
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