Educadores afirmam que mais vale o mínimo tempo dedicado com qualidade, do que a quantidades de horas disponibilizadas sem qualidade, sem a presença, literalmente, dos pais na participação da vida e educação dos filhos.
Para Sueli Conte, Diretora e Psicopedagoga do Colégio Renovação, escola tradicional com 30 anos de atuação, que oferece desde a Educação Infantil até o Ensino Médio, localizada na zona Sul de São Paulo, a qualidade do processo ensino-aprendizagem também conta com a participação da família.
“Quando os pais estimulam o aprendizado e participam da vida escolar, os alunos tendem a obter notas melhores, aceitam novos desafios e têm um processo de adaptação mais adequado. Neste contexto a aprendizagem configura-se em um universo participativo onde acertos e erros estimulam o aluno a ampliar suas habilidades e competências”, conta a educadora.Para discorrer deste tema, Sueli Conte elenca algumas sugestões importantes para os pais adotarem em casa e que podem ajudar no dia a dia mais produtivo e saudável para pais e filhos:
- Mostre entusiasmo e segurança ao deixar seu filho na escola. Ressalte que ele irá encontrar outras crianças com quem poderá aprender coisas novas;
- Esforce-se para transmitir segurança a seu filho;
- Entenda como a escola estimula seu filho e o que esperar em cada fase de seu desenvolvimento. Acompanhe cada etapa de perto;
- Reconheça e valorize cada conquista de autonomia de seu filho. Nunca o reprima ou castigue em caso de falha ou regressão;
- Respeite o ritmo de seu filho. Não o compare com irmãos ou amigos;
- Esteja presente e participe das reuniões de pais;
- Vá às atividades extraclasse, como palestras, por exemplo;
- Valorize e respeite a escola, os professores e os funcionários. É importante que o filho perceba este ato;
- Crie uma rotina também em casa. Mantenha um horário regular para seu filho se alimentar, tomar banho e ir para a cama;
- Leia a agenda de seu filho diariamente, participe!;
- Converse sobre o dia dele, sem enchê-lo de perguntas. Deixe que ele conte o que quiser e siga com a conversa a partir das situações reveladas;
- Conte as suas experiências escolares e vivências diárias de maneira que elas façam sentido para o universo dele;
- Coloque um quadro de recados em casa e anote mensagens;
- A premissa básica de uma família aprendente é dar o exemplo. Não faz sentido um pai esperar que seu filho tenha interesse pela leitura se ele mesmo não tiver;
- Sempre que ler algo interessante em um livro ou uma revista, compartilhe com seu filho e convide-o a ler junto;
- Comente com seu filho sobre o livro que você está lendo, isso poderá incentivá-lo a leitura;
- Fiquem sócios de bibliotecas próximas de casa;
- Autonomia não significa abandono;
- Lembre-se de que acompanhar a vida escolar do filho, mesmo quando ele já é bastante autônomo, não significa “pagar mico”;
- Ensine seu filho a separar o material para as aulas e a deixar a mochila pronta com antecedência;
- Converse sobre o que ele achou dos novos professores e mostre que é possível lidar com os diferentes perfis, do mesmo jeito como ele lida com amigos distintos;
- Não negocie o inegociável.
A partir disto surgem dificuldades ou problemas de aprendizagem? Aí reside uma questão que muitas vezes não sabemos separar. A dificuldade está mais próxima do momento. O problema tem um caráter mais global. Quando confundimos estas situações deixamos nossos filhos/alunos confusos também. O processo fica mais fácil quando:
- Em contato com Coordenação e/ou professores busca-se entender (sem justificar) em qual lugar o aluno se encontra;
- A partir desta localização, intervenções ocorrerão para que o aluno progrida em seu processo;
- Se há uma persistência no estado apontado, outros especialistas serão fundamentais para os avanços que o aluno possa ter.
A Diretora e Psicopedagoga, Sueli Conte, finaliza ressaltando que é importante frisar que a paciência, confiança e firmeza neste processo fortalecem o aluno na busca de novas oportunidades.
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