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4 de ago. de 2015

Como escolher o berçário para o seu filho

A decisão de colocar o filho no Ensino Infantil não é nada fácil. Separar-se da criança ou até mesmo do bebê é, em muitos casos, doloroso para os pais. No entanto, diante da necessidade de trabalhar fora por longos períodos, os pais veem no berçário ou na unidade infantil uma opção para que os filhos fiquem em boas mãos. Segundo o Censo Escolar, as matrículas em creches (destinadas a crianças de 0 a 3 anos) aumentaram 65,1% de 2008 a 2014. São cerca de 58,6 mil escolas que oferecem o serviço no país.

Apesar da grande procura pela Educação Infantil - que, no Brasil, corresponde às crianças de 0 a 6 anos -, muitos pais ainda ficam em dúvida com relação ao momento certo de deixarem os filhos sob os cuidados da escola. Para a psicóloga Ana Cássia Maturano, falar em um momento ideal apenas angustia os pais, que devem, na verdade, observar as suas próprias necessidades e também as da criança.

"Hoje, algumas mães conseguem licença maternidade de até seis meses. Outras conseguem licenças premium e férias e estendem até o sétimo ou oitavo mês. Outras conseguem só até o quarto mês. Falar em ideal é complicado, pois angustia as mães. Não se trata de ideal, mas sim do possível", afirma Ana Cássia. 

Os pais devem levar em conta que a experiência de colocar a criança no Ensino Infantil pode ser benéfica. Esses benefícios incluem o desenvolvimento da autonomia, da cognição, linguagem e socialização. “Enquanto em casa a criança teria contato no máximo com os irmãos, na escola ela aprenderá a conviver e a dividir”, afirma Ana Cássia.


Estímulos e desenvolvimento

Um grande benefício de colocar o filho no Ensino Infantil é o desenvolvimento de autonomia, principalmente porque, em muitos casos, os pais têm "pena" de tomar atitudes como a retirada da fralda e da chupeta. No colégio, essas etapas são naturais, e, com a ajuda dos pais - que não devem abrir exceções quando o filho está em casa, cedendo à chupeta, por exemplo - a criança desenvolverá sua autonomia desde cedo. Além disso, no colégio a criança será estimulada por profissionais.

Kelly Barros, berçarista no Colégio Evolve, em São Paulo, explica que o trabalho de estímulo com os bebês e as crianças pequenas envolve tanto a linguagem quanto a experiência tátil e o desenvolvimento motor. São realizadas atividades como circuitos e passeios pelo colégio, contação de histórias e experiências musicais - quando as cuidadoras cantam para as crianças.

O Colégio trabalha com um sistema que permite tanto que os pais deixem os filhos todos os dias no colégio quanto em dias específicos. Para Lisley Amado, coordenadora pedagógica do Evolve, quanto maior a frequência da criança melhores os resultados alcançados, já que é necessária uma adaptação às cuidadoras e ao ambiente, além da vivência de um projeto, possibilitando o desenvolvimento de forma mais ampla.

Escolas especializadas

O momento de escolha da escola em que se deixará o filho é outra preocupação que aflige os pais. Além de procurar um lugar confiável e com referências, outro ponto destacado pela psicóloga Ana Cássia Maturano é a importância de buscar colégios específicos para o Ensino Infantil - ou que, no caso dos colégios maiores, possuam um prédio separado para este fim. Isso porque a criança deve ser introduzida ao ambiente escolar aos poucos. "É como uma casa da vó que vai se ampliando, e, aos poucos, vai introduzindo coisas mais parecidas com uma escola", compara a especialista.

No caso das crianças menores, principalmente dos bebês, é fundamental que exista um ambiente sereno, acolhedor, aconchegante - que facilite a adaptação da criança e permita que ela se sinta confortável, o que é percebido mesmo pelos mais novinhos. "O bebê percebe os sons e vozes desde que está na barriga da mãe", diz Lisley Amado, coordenadora do Evolve.

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