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9 de mai. de 2016

Saúde bucal das crianças: 7 coisas que você precisa saber

Criança toma tanto tempo de adulto que às vezes podem passar despercebidas informações sobre elas que os pais deveriam saber para melhor conduzir e orientar suas vidas. O universo relacionado à saúde bucal é uma dessas coisas que só se percebe quando a criança se queixa... e não deveria ser assim. Essa é a opinião de Helenice Biancalana, especialista em Odontopediatria da APCD – Associação Paulista de Cirurgiões-Dentistas. 

“Principalmente nas grandes cidades, os pais costumam seguir uma rotina tão apressada que não dedicam tempo suficiente para os próprios cuidados com a saúde bucal, muito menos com a dos filhos. A questão é que, se dedicando a isso dez minutos por dia, muitos problemas poderiam ser evitados”.


7 coisas que você precisa saber sobre a saúde bucal das crianças


1. Uma em cada três crianças entre um ano e meio e três anos tem pelo menos um dente de leite cariado. Na dentição permanente, duas a cada três crianças com doze anos têm pelo menos um dente cariado. Esses dados são da Pesquisa Nacional em Saúde Bucal, de 2010. “O mais importante é saber que, com duas escovações por dia, utilizando creme dental com flúor, esses dados alarmantes podem ser drasticamente reduzidos”.

2. Algumas bebidas consideradas ‘saudáveis’ têm mais açúcar do que se pode imaginar. “Tanto os sucos em caixinha quanto as bebidas esportivas (isotônicos) são associados à imagem de quem cuida da saúde. Entretanto, estudos indicam que os níveis de acidez dessas bebidas podem levar à erosão da superfície dental, comprometer o esmalte e a aparência dos dentes, e aumentar a sensibilidade e a dor. Além disso, várias marcas trazem ainda mais açúcar do que os refrigerantes. Conclusão: aumente a oferta de água e de leite às crianças, conferindo sempre o rótulo da embalagem quando for oferecer um suco pronto”.

3. Uma em cada sete crianças já foi diagnosticada com lesão de cárie severa ou extensa. “Em relação à cárie, severa é sinônimo de extremamente dolorosa, intensa, perturbadora. Ou seja, não há criança no mundo que possa ter um dia normal de estudos e lazer sentindo tamanha dor. No Brasil, além de o flúor estar presente na maior parte da água distribuída nas cidades e nas pastas de dente, a correta higiene bucal deve ser alvo de muitas campanhas. Paralelamente a isso, devemos levar as crianças a um cirurgião-dentista a cada seis meses para que o uso do selante previna a ocorrência de cárie com mais sucesso”.

4. Quanto mais cedo a criança começar a frequentar o consultório odontológico, melhor. “Todos sabemos que os adultos transmitem às crianças não apenas coisas boas, como, inclusive, seus medos. Mas é importante quebrar essa regra quando o objetivo é garantir a saúde bucal dos pequenos. Levar a criança desde bem pequena ao consultório do cirurgião-dentista – mesmo que seja só para fazer companhia – é um passo muito importante. Assim é possível fazer um check-up da saúde bucal com a regularidade necessária e de forma tranquila, sem receio”.

5. Crianças amamentadas naturalmente são menos propensas a persistir com hábitos de sucção não-nutritivos. “O aleitamento materno é a melhor medida de prevenção do uso da chupeta e da sucção digital (sugar o dedo) – embora a sucção digital possa ser identificada ainda durante a gestação, através de registros ultrassonográficos do feto. Quando a criança mama no peito, há um intenso trabalho da musculatura facial que influencia o desenvolvimento ósseo e muscular. O bebê acaba por satisfazer seu instinto de sugar, não necessitando recorrer a estímulos artificiais de sucção, como a chupeta”.

6. Criança que respira só pela boca pode ter um desenvolvimento anormal da face e da arcada dentária, sorriso gengival, dentes tortos e gengivite. “Quando a criança tem alguma dificuldade em permanecer com os lábios fechados, ou quando só dorme de boca aberta, é importante buscar ajuda especializada. Esses padrões mostram o quanto as crises respiratórias podem estar interferindo em outras áreas. A respiração bucal tende a comprometer o desenvolvimento de importantes estruturas ósseas da face e das arcadas dentárias. O rosto pode crescer fino e alongado. Muitos tratamentos cirúrgicos poderiam ser evitados se, assim que o problema surgisse, fosse avaliado e tratado por um otorrinolaringologista com o acompanhamento de um ortodontista, fazendo uso de aparelhos para normalizar o crescimento facial e promover respiração adequada”.


7. Usar aparelho ortodôntico para ficar ‘na moda’ pode causar grande prejuízo à saúde bucal. “Em anos recentes, mais um modismo vem preocupando toda a classe dos cirurgiões-dentistas. O uso de aparelhos ortodônticos coloridos virou febre entre crianças e adolescentes, e há sempre pais que fecham os olhos para o risco que isso representa à saúde de seus filhos. Pior ainda, acabam comprando ‘ferrinhos’ e ‘elásticos’ pirateados, sem qualquer tipo de controle, podendo causar desde intoxicações e alergias severas, até alterações irreparáveis na gengiva e nos dentes, inclusive com perda óssea e perda de dentes”.

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